sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Flamengo em uma noite de Atlético GO

Caiu o último invicto do campeonato. Todos sabiam que um dia isso ia acontecer, a derrota com certeza ia chegar. Porém, ninguém imaginava que seria tão constrangedora. Um jogo que tinha tudo pra ser fácil, afinal, era um jogo em casa, contra o Atlético GO. Em situações normais, o jogo terminaria com uma goleada do Flamengo. Não foi isso o que aconteceu. Em um duelo de rubro-negros, os goianos levaram a melhor e nos massacraram dentro do nosso ninho improvisado (Engenhão).

É um jogo bem simples de se descrever: O Atlético jogou e o Flamengo assistiu. Foi uma partida onde nada deu certo para o Flamengo. Todos os setores da equipe estavam mal: defesa, meio-campo e ataque. O Felipe, que até então, sempre nos deu segurança, falhou em dois gols, Bottinelli e Thiago Neves não se encontraram em campo, Deivid fez muito bem o papel de parede, todas as bolas batiam nele e voltavam. Enfim, o time inteiro esteve mal. Só quem conseguiu se salvar foi o Junior César, o único jogador lúcido da equipe, o único que poderia fazer alguma coisa pra tentar reverter o resultado. Nada disso tira o mérito do Atlético. Foram extremamente superiores ao Flamengo, souberam aproveitar a nossa noite apática e saíram do Rio com uma vitória de 4x1.

Essa derrota não é o fim do mundo. O Flamengo continua sendo vice-líder do campeonato, sendo candidato ao título. O que acontece, é que depois de tanto tempo sem perder, ninguém estava preparado para uma derrota dessas. Agora, o time tem que esquecer o jogo contra o Atlético e voltar a ter o foco que tinha antes. Não adianta começar a procurar culpados. O Felipe falhou, a defesa foi uma avenida, o meio-campo campo não se encontrou e o Deivid nem se fala. O time inteiro esteve mal. Também não adianta tentar achar um motivo para a derrota. Já basta a mídia que vai cair em cima, se a torcida também começar a levantar teorias da conspiração, vai ficar difícil.

Ronaldinho e Renato Abreu não jogaram, o time sentiu. Porém, com eles em campo, as coisas não seriam muito diferentes. O Renato seria apenas mais um pra errar passes. O Ronaldinho não conseguiria fazer muita coisa diante da equipe apática que esteve nos gramados do Engenhão. Esse não é o momento de achar motivos para a derrota, é o momento de colocar a cabeça no lugar, aprender com os erros da partida, e ir pra dentro do Inter, lá no Beira-Rio.

A maior decepção dessa partida foi a torcida, ou seria a maior alegria? Foi vergonhoso, quando o locutor anunciou o público, escutar que só tinham 7 mil pagantes no estádio. O Flamengo tem a maior torcida do mundo, tem um timaço, é o vice-líder do campeonato, a torcida não pode comparecer em tão pouco número. Talvez, tinham mais rubro-negros no Couto Pereira, semana passada, do que no Engenhão, ontem. Cadê aquela torcida de 2007 que empurrou o time incondicionalmente até a vaga na Libertadores? Cadê a torcida que lotou a maioria dos jogos do Flamengo na campanha do hexa? Até onde eu sei, a maior torcida do mundo faz a diferença, mas não é isso que está acontecendo. Pelo menos, os torcedores que estavam presentes no estádio, apoiaram o jogo inteiro. Quando o time estava perdendo de 4x0, eles estavam lá, gritando o nome do time e empurrando a equipe. Empurraram em vão. E daí? Vocês cantam que estão sempre com o Flamengo, que são uma nação. Que nação é essa que só apóia quando o time está ganhando? Isso é ser Flamengo. É saber perder e não parar de apoiar o time por um só segundo. Quando os adversários vêm pro Rio, eles têm que sentir o peso do nosso décimo segundo jogador, não importa se esse adversário é o Barcelona ou o Bangu. A maior torcida do mundo tem que fazer a diferença, sempre.

Rumo ao Hepta, mas só quem é Flamengo de verdade!

SRN!

OBS: Perdão pelo desabafo


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